No último ano década de 80,
já de meio dia para a tarde daquele ano,
deu-se o encontro primeiro.
Uma semana ao pé de uma serra gelada
de algum raro lugar vazio de São Paulo,
com dias intensos de discussão por qualquer coisa
e noites repletas de extravagâncias
que a pouca idade permite e, às vezes, impõe.
Quando já não havia tempo,
viram um ao outro
como até então não ocorrera
e, entre arrojo e rubor,
fitaram-se intensa,
segura,
aberta
e silenciosamente.
Na balbúrdia do Tietê,
antes de rumar a destinos
ignorados e sabidos ermos,
um abraço fez batidas descompassadas
sobrepujarem os agasalhos
inadequados para aquelas paragens
e insinuarem que, ali,
principiava uma viagem improvável
e, todavia, infinda.
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Wal, li tudo e gostei de tudo. Entrei sem ser convidada, mas acho que faz parte... Afinal, jornalistas fazem isso o tempo todo. Mas o que mais gostei foi de ler, no episódio da camisa passada (ou seria mal passada), o "ai, meu Deus". Dá para ouvir sua voz, a entonação e ver o sorriso de menino no canto da boca, da qual sinto tanta falta.
ResponderExcluirLuisa: seja muito bem vinda... Não convidei de timidez: juro que tenho um pouco de acanhamento de me mostrar escrivinhador de coisas pra vocês... Fico contentão que tenha gostado
ResponderExcluirEu também vim. Sem convite. E como foi bom ter vindo... Virei sempre.
ResponderExcluirabs!