
As instalações no salão de hoje, convenhamos, não são lá muito higiênicas, a começar pelos tufos de cabelo sobre a mesa onde tive de depositar meus óculos. Minha esperança é que piolho não se crie no gelo... "Como você quer que corte?" - Perguntou a moça. "Não tenho muitas opções", sapequei de cá, com meu inglês manco, mas já querendo ser metido a espirituoso.
Chegamos rápido a um consenso de que deveria ser baixo e pronto. No meio do caminho, a checagem de praxe "se está bom" e um novo acordo de que podia cortar ainda mais. "Outros 10 dólares só daqui a dois meses" - pensei... No fim, fiquei com um indeciso topete, parecendo o galo-de-campina de tia Senhora, mas ainda assim acho que amanhã chegarei menos esquisito para a primeira aula.
A possibilidade resolver a paradinha do cabelo com um banho antes de ir pra escola está totalmente descartada. Entre outras coisas, temo o congelamento tácido da penugem que me resta e virar uma espécie de Neimar, com uma crista-picolé formada no percurso de casa para a escola... Melhor não arriscar. Banho, só no final da tarde, com tempo de sobra para ter certeza de que tudo está realmente seco, antes de pôr o pé na rua. Além do mais, como dizia "ti-Mané-Domingo", outro lendário tio-avô da minha coleção, "nunca ouvi falar que ningém morreu de grude; mas de banho, eu já ouvi muito...".
Wal, como não tem ninguém ai pra conferir e com esse gelo todo , faça como certamente faria "ti Mané Domingo" banho só no fim da semana...Bruuuuuu, tadinho!
ResponderExcluirHahaha! Ri de você agora, te imaginando algo entre Neymar e o galo da Campina.
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