Do meu longínquo ensino fundamental, que nem assim se chamava, guardo um gosto estranho pelos números, que era a minha preferência, antes de eu me encantar pelas entrelinhas das letras... Um particular que me fascina são os indicadores, que têm o condão de pegar um novelo de complexidades e reduzir a um número, enfiado numa linha e capaz de dizer quem é bom, mais ou menos ou um traste.
Hoje, por exemplo, fiquei curiosão pra saber quem são as universidades que aparecem no topo do IGC (os indicadores têm mais essa tara de se chamarem pelas siglas), no caso, Índice Geral de Cursos, através do qual o MEC faz um apanhado sobre a educação superior no Brasil. Não sou capaz de dizer as variáveis e os pesos que entram no cálculo, mas sei dizer do meu reiterado aborrecimento com a informação de que os melhores se concentram no Sudeste.
A vontade primeira é de esculhambar com o indicador. Depois a curiosidade me vence e termino indo atrás das tabelas completas que os jornais nunca disponibilizam, mas os sites oficiais geralmente sim. Na de hoje é possível ver que a UFG tem um "IGC contínuo" de 3,56 que a coloca no 29º lugar por este critério e a 0,39 dígitos de atingir a nota máxima do indicador e virar notícia nacional. Fui olhar, então, quem ajuda e quem puxa para baixo essa nota. Até onde pude entender o problema está na pós-graduação. Se fosse apenas pela nota dos doutorados, a UFG cairia para a posição 65 e pelas notas dos mestrados para o 68º posto.
Claro que não sei se entendi direito a tabela, nem como se chega a estes números, muito menos como se faz para eles crescerem. Tô doido pra saber o que as pro-reitorias dizem a respeito. Quando sair uma interpretação decente, por favor me avise.
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Gostei. Por que esses índices também a mim incomoda muito. Ontem ao ler a matéria sobrea avaliação do Mec sobre as univesidades brasileiras fiquei chateado.
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