Dessa vez,
coube a Eliane,
a irmã número um,
que exala alfazema e madeira,
os cuidados das primeiras horas.
Quando minhas costas fendidas
ardiam em dor,
sentei na beira da cama
e pousei a cabeça no seu colo,
como um filho maior do que a mãe.
Já em casa,
descobri que, com os dedos,
ela faz revoada de borboletas,
encrespa os poros como capinzal em ventania,
encrespa os poros como capinzal em ventania,
vitaliza as sete camadas da derme,
aniquila cansaço, dor e coceira de
cicatrização...
E, assim, já há algumas décadas,
nos serenamos reciprocamente,
nos serenamos reciprocamente,
certos de que os cuidados que nos deram
papai e mamãe
são semente enraizada em nossos corpos
e almas
e que a aventura da vida pode ser curtida
sem sustos,
entre outras coisas, por que não somos
sós.
Temos sim, sempre uns aos outros. Será isso que nos difere de outros em outros lares? Ou será a conciência disso que nos dá segurança e calmaria para viver em liberdade? A certeza do acolhimento na hora e medida certa.
ResponderExcluirA paisagem de seu rosto
ResponderExcluirVal de rês que deambula
sem chegada, ao léu,
a curtir a vida pela vida
Rês que rumina sem pressa
e passa instante de ternura
entre o vento, a brisa e a ventania
na placidez serena da candura
Ah, como é bom ser, Valderez,
teu irmão! Valsar na rês a mão
e tirar som de poros e pelos
a mitigar-te dores e vilania
que em teu dorso batalharam
"seu rosto", leia-se "teu rosto".
ResponderExcluirrobervallo@ig.com.br
ResponderExcluirthx
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