Na tarde do primeiro dia, uma semana atrás, depois
de tomar um banho gelado, por não descobri por minha conta como fazer a ducha aquecer,
fiz o meu primeiro passeio em linha reta pela Portage Avenue, com a ousadia máxima de voltar pelo outro lado da
rua. Passei, provavelmente, por todas as instalações da Universidade de
Winnipeg, inclusive o prédio principal, com cara de castelinho medieval,
jardins impecáveis e um casal de jovens deitados no chão. No fim da caminhada,
achei um shopping do qual não registrei o nome e onde não consegui escolher o
que comer, apesar de não ter almoçado e ser já 6 horas da tarde. Inapetência
resultante das mais de 24 horas de viagem, contando as muitas horas perdidas
nos aeroportos de Goiânia, Guarulhos e Toronto. Por fim, tomei um caldo de
brócolis no Subway depois de, a muito custo, a atendente compreender que eu
estava escolhendo uma sopa e não pedindo para ir ao banheiro...
De lá pra cá
fiz muitos progressos: já comi um arroz indiano que fritou meu estômago e uma
simpática batata com peixe, servida num sustentável papel com cara (mas não
tipo) de jornal. Hoje fiz os meus dois primeiros ovos mexidos, os melhores da minha
vida, embora não esteja muito certo se consegui fazer o diabo do saleiro
dispensar o tempero necessário à guloseima.
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Sal grosso??? Que embrulho estraaanho... E este último é pra quantos estômagos?!
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